Paulinha Abelha 03 Anos de Saudades! Vídeo
Há três anos, em 23 de fevereiro de 2022, o Brasil perdeu uma de suas vozes mais emblemáticas do forró eletrônico: Paulinha Abelha, vocalista da banda Calcinha Preta.
Sua partida precoce, aos 43 anos, deixou uma marca indelével no cenário musical e no coração de milhares de fãs. Neste artigo, relembramos sua trajetória, as circunstâncias de sua morte e as homenagens que perpetuam seu legado.
Início de uma Carreira Brilhante
Nascida como Paula de Menezes Nascimento Leça Viana em 16 de agosto de 1978, na cidade de Simão Dias, Sergipe, Paulinha demonstrou talento musical desde cedo. Aos 12 anos, iniciou sua carreira cantando em trios elétricos no interior sergipano. Determinada a seguir seu sonho, formou a banda Flor de Mel, mas devido a limitações financeiras, o projeto não prosperou. Posteriormente, integrou a banda Panela de Barro, onde permaneceu por três anos, acumulando experiência e aprimorando sua arte.
Ascensão com a Banda Calcinha Preta
A grande virada em sua carreira ocorreu quando foi descoberta por Gilton Andrade, empresário e diretor da banda Calcinha Preta. Paulinha ingressou no grupo e rapidamente se destacou como uma das principais vozes, contribuindo para o sucesso da banda por quase duas décadas. Durante esse período, participou da gravação de 22 álbuns e três DVDs, consolidando-se como um ícone do forró eletrônico.
Em 2007, a banda prestou uma homenagem a Paulinha com a música “Paulinha”, interpretada por Daniel Diau. A canção, uma versão de “Without You”, eternizou-se como um dos maiores sucessos do grupo e reforçou o carinho e admiração dos fãs pela cantora.
Momentos Desafiadores e Retornos Triunfais
Ao longo de sua trajetória, Paulinha teve breves afastamentos da Calcinha Preta. Em 2010, juntou-se à banda GDO do Forró e, posteriormente, formou uma dupla com seu então marido, Marlus Viana. Em 2014, retornou ao Calcinha Preta, reafirmando seu compromisso com os fãs e com a música. Em 2016, ao lado de Silvânia Aquino e Daniel Diau, integrou o projeto Gigantes do Brasil, que teve curta duração. No entanto, o amor pelo Calcinha Preta falou mais alto, e em 2018, Paulinha retornou definitivamente à banda, onde permaneceu até seus últimos dias.
Circunstâncias da Morte
Em fevereiro de 2022, durante uma série de shows, Paulinha começou a sentir-se mal e foi internada em Aracaju no dia 11 daquele mês, apresentando problemas renais. Seu quadro clínico agravou-se rapidamente, evoluindo para um coma profundo. Após 12 dias de internação, a cantora faleceu em 23 de fevereiro de 2022, às 19h26, devido a um quadro de comprometimento multissistêmico.
O laudo médico apontou que as causas da morte foram meningoencefalite, hipertensão craniana, insuficiência renal aguda e hepatite. Investigações posteriores sugeriram que o uso de substâncias para emagrecimento pode ter contribuído para o comprometimento de seu fígado, agravando seu estado de saúde.
Legado e Homenagens
A partida de Paulinha Abelha causou uma comoção nacional. Fãs, amigos e colegas de profissão prestaram inúmeras homenagens à artista. A banda Calcinha Preta, em sinal de respeito e carinho, incorporou uma abelha estilizada em sua logomarca, simbolizando a presença eterna de Paulinha no grupo.
Em dezembro de 2022, sua cidade natal, Simão Dias, inaugurou um memorial em sua homenagem. O espaço conta com uma estátua da cantora, figurinos de apresentações e um mural detalhando sua trajetória artística, celebrando sua contribuição para a música brasileira.
No aniversário de três anos de sua morte, em 23 de fevereiro de 2025, a banda Calcinha Preta publicou uma mensagem emocionante: “Há 3 anos, o mundo ficou um pouco menos colorido com a partida da nossa Paulinha Abelha. Mas seu brilho, sua voz e sua alegria seguem vivos em cada lembrança, em cada música, em cada coração que aprendeu a amar sua essência única.”
Paulinha Abelha deixou um legado inestimável para a música brasileira. Sua voz inconfundível, carisma e dedicação à arte continuam a inspirar novos artistas e a encantar fãs de todas as idades. Embora sua presença física não esteja mais entre nós, sua essência permanece viva através de suas músicas e das memórias que cultivou ao longo de sua brilhante carreira.
